As Ararinhas Azuis (Cyanopsitta spixii) foram descobertas pelo naturalista alemão Johann Baptist Ritter Von Pix em 1889. Em pouco mais de 100 anos a espécie foi considerada extinta, fruto principalmente do tráfico de animais e da degradação do ambiente. O último exemplar visto na natureza foi em 2000.
Graças a um excelente trabalho desenvolvido pela ACTP (ASSOCIATION FOR THE CONSERVATION OF THREATENED PARROTS e.V.), sediada em Berlim, na Alemanha.
Baptist Ritter Von Pix
No dia 07 de junho de 2019, o governo brasileiro e representantes da ACTP assinaram um acordo para trazer a Ararinha Azul de volta ao seu habitat.
Ultimo exemplar da Ararinha Azul
Essa reintrodução é complexa e vem sendo estudada por especialistas a muitos anos.
ACTP
Mapa do Refúgio da Vida Silvestre da Ararinha Azul
Mapa da proteção Ambiental da Ararinha Azul
Já a ACTP criou um moderno centro de reprodução e reintrodução dentro das unidades de conservação criadas pelo Governo Federal. Ao todo a ACTP já investiu mais de 3 milhões de euros no projeto. Além desse investimento, o acordo também prevê o aporte de 180 mil euros por ano para manutenção dos trabalhos nos próximos 5 anos.
A primeira reintrodução está planejada para ocorrer em 2021. Durante esse período, ao animais passaram por adaptação e “treinamento” para viver em vida livre. Além da reintrodução de alguns exemplares outros planos também serão executados, como a colocação dos ovos das ararinhas no centro de reprodução, diretamente nos ninhos já conhecidos e mapeados das Araras Maracanãs, aves com comportamento muito semelhante ao das Spixs, e que habitam a mesma região.
Ninho da Arara Maracanã
E foi no dia 03 de março de 2020 que desembarcaram no aeroporto de Petrolina, em Pernambuco, 52 Ararinhas Azuis, trazidas por dois jatinhos particulares. Do aeroporto foram levadas por um comboio até Curaça, Sertão da Bahia, onde fica o cento criado pela ACTP. No centro as 28 fêmeas e os 24 machos passaram por exames e coletas de materiais.
Paralelamente a tudo isso, vem sendo realizado nas escolas da região um grande trabalho de educação ambiental, uma vez que o sucesso desse grandiodo projeto depende principalmente da conscientização das pessoas daquele local.
Esperamos que o projeto tenha um final feliz, e que a Ararinha Azul volte a voar nos céus da Caatinga Brasileira.